A soldagem é uma das atividades mais comuns em...
A soldagem é uma das atividades mais comuns em setores como metalurgia, construção civil, manutenção industrial e naval. No entanto, essa operação apresenta diversos riscos ocupacionais que, se não controlados, podem provocar acidentes graves, doenças ocupacionais e prejuízos à integridade física dos trabalhadores. Por isso, implementar medidas de segurança no trabalho de soldagem é importante para garantir ambientes produtivos mais protegidos e saudáveis.
Soldagem é um processo de união permanente de materiais, geralmente metais ou termoplásticos, por meio da aplicação de calor, pressão ou ambos. A operação pode incluir ou não o uso de materiais de adição. Esse procedimento é amplamente utilizado na fabricação de estruturas metálicas, tubulações, veículos, equipamentos e diversas instalações industriais.
Existem diversos métodos de soldagem, cada um com características e aplicações específicas: soldagem por arco elétrico, soldagem MIG/MAG, soldagem TIG, soldagem por resistência, e soldagem oxiacetilênica.
No artigo de hoje falaremos sobre o que é soldagem, tipos, principais riscos, EPIs e EPCs adequados para essa atividade, e a importância do treinamento em NR 34. Continue a leitura!
Soldagem é o processo de união permanente de dois ou mais materiais, geralmente metais ou termoplásticos, por meio da aplicação de calor, pressão, ou ambos. Durante a soldagem, as superfícies a serem unidas são aquecidas até atingirem o ponto de fusão ou plasticidade, criando uma junta sólida após o resfriamento. Em muitos casos, é utilizado um material de adição, como arame ou eletrodo, para facilitar a união e reforçar a estrutura.
A soldagem é amplamente utilizada em setores como:
- Indústria metalúrgica
- Construção civil
- Indústria naval e automotiva
- Fabricação e manutenção de estruturas metálicas
- Oleoduto e gasoduto
Além de sua versatilidade, a soldagem oferece alta resistência mecânica, possibilitando a fabricação e reparo de estruturas complexas e de grande porte.
Existem diversos tipos de soldagem, cada um adequado a diferentes materiais, espessuras e exigências de qualidade. A seguir listamos os principais, cada um com características e aplicações específicas:
Soldagem por Arco Elétrico
Utiliza o calor gerado por um arco elétrico entre o eletrodo e a peça a ser soldada, fundindo os metais.
Principais processos:
SMAW (Eletrodo Revestido): muito usado em manutenção, construção civil e reparos em campo.
MIG/MAG (Arame com gás de proteção): indicado para produção em série e soldagens rápidas.
TIG (Tungstênio com gás inerte): oferece acabamento de alta qualidade, indicado para metais nobres e soldas delicadas.
Soldagem Oxiacetilênica
Realizada com chama produzida pela combustão de acetileno com oxigênio, pode ser usada tanto para soldar quanto para cortar metais. É indicada para manutenção leve e pequenas oficinas.
Soldagem por Resistência Elétrica
Une metais aplicando pressão e calor gerado pela resistência elétrica ao fluxo de corrente. Utilizada na indústria automobilística, especialmente na soldagem de chapas finas.
Exemplos:
Soldagem por ponto.
Soldagem por costura.
Soldagem a Laser
Emprega feixe de laser altamente concentrado, proporcionando soldas precisas e de alta resistência. Muito utilizada em setores aeroespacial, automotivo e médico.
Soldagem a Plasma
Similar ao TIG, mas utiliza um arco transferido de alta intensidade. Indicado para metais espessos e cortes de alta precisão.
Soldagem por Fricção
Gera calor pela fricção mecânica entre as superfícies, unindo peças sem fundição. É utilizada em componentes automotivos, aeroespaciais e ferroviários.
As atividades de soldagem envolvem diversos riscos que podem comprometer a saúde e a segurança dos colaboradores. Conhecer esses perigos permite aplicar medidas de prevenção eficazes no ambiente de trabalho e evitar possíveis acidentes. Entre os riscos mais frequentes estão:
Radiação ultravioleta e infravermelha: a exposição direta pode causar queimaduras na pele e danos oculares, como a cegueira temporária (flash burn) e inflamação da córnea.
Fumos metálicos e gases tóxicos: a inalação de partículas e gases gerados durante a solda, como óxidos metálicos, dióxido de carbono e ozônio, pode provocar doenças respiratórias, irritações e intoxicações graves.
Queimaduras térmicas: respingo de metal fundido, contato com superfícies aquecidas e falhas no equipamento podem resultar em lesões térmicas severas.
Choques elétricos: presentes principalmente na soldagem elétrica, esses acidentes podem ser fatais caso não haja o correto isolamento dos equipamentos e o uso de EPIs adequados.
Risco de incêndios e explosões: a presença de faíscas, calor intenso e materiais inflamáveis aumentam a probabilidade de incêndios em ambientes não controlados.
Exposição a ruídos elevados: algumas técnicas de soldagem geram ruídos acima dos níveis toleráveis, o que pode provocar perda auditiva ao longo do tempo.
Posturas inadequadas e esforços repetitivos: movimentos mal posicionados ou repetitivos podem acarretar lesões musculoesqueléticas, como tendinites e lombalgias.
A segurança no trabalho de soldagem depende do uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs), que são necessários para minimizar os riscos de acidentes e doenças ocupacionais. Cada tipo de soldagem apresenta desafios específicos, exigindo a utilização de diferentes dispositivos de proteção.
EPIs recomendados para soldagem:
Máscara de solda: com visor em vidro ou material com filtro de proteção, ela impede a exposição à radiação ultravioleta e infravermelha, além de proteger os olhos contra faíscas e respingos.
Avental de proteção: fabricado em couro ou raspa de couro, é essencial para proteger o corpo contra calor excessivo e respingos de metal fundido.
Luvas de soldagem: devem ser feitas de material resistente ao calor, como couro, para proteger as mãos contra queimaduras e choques térmicos.
Botas de segurança: com biqueira de aço e solado antiderrapante, essas botas evitam lesões nos pés causadas por quedas de materiais pesados ou respingos de metal.
Protetores auriculares: usados em ambientes com níveis elevados de ruído, protegem a audição dos soldadores.
Respiradores ou máscaras com filtro: protegem contra a inalação de fumos metálicos, gases e partículas perigosas presentes no ambiente de trabalho.
EPCs utilizados em atividades de soldagem:
Sistema de ventilação: exaustores ou ventiladores industriais ajudam a remover fumos tóxicos e gases nocivos do ambiente, melhorando a qualidade do ar.
Cortinas de proteção contra radiação: instalar cortinas ao redor da área de soldagem pode impedir que a radiação ultrapasse para áreas não protegidas.
Sinalização de segurança: placas visíveis e claras, alertando sobre os riscos presentes e o uso obrigatório de EPIs, são essenciais para manter a segurança do ambiente de trabalho.
Barreiras físicas de proteção: divisórias ou cercados que isolam a área de soldagem, prevenindo a exposição acidental de outras pessoas a riscos como radiação e faíscas.
A utilização adequada desses equipamentos, juntamente com treinamentos frequentes sobre segurança, contribui para a proteção dos trabalhadores e o cumprimento das normas regulamentadoras.
O treinamento conforme a NR 34 tem como objetivo garantir a segurança dos trabalhadores em ambientes de soldagem e construção naval. Ele capacita os profissionais a reconhecerem os riscos associados ao trabalho e a utilizarem corretamente os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Coletiva (EPCs). Além disso, contribui para a prevenção de acidentes, cumprimento das normas regulamentadoras e promoção de um ambiente de trabalho seguro e produtivo. Aqui estão os pontos principais que destacam a importância do treinamento dessa norma:
Prevenção de Acidentes de Trabalho
O treinamento permite que os trabalhadores reconheçam os riscos associados ao trabalho com soldagem, como queimaduras, exposições a gases e radiação ultravioleta. A formação adequada reduz a probabilidade de acidentes graves, como explosões, choques elétricos e lesões térmicas.
Cumprimento das Normas Regulamentadoras
A NR 34 exige que empresas da indústria naval, por exemplo, sigam as orientações de segurança para proteger os trabalhadores durante a soldagem e atividades relacionadas. O treinamento assegura que os empregados e empregadores estejam cientes de suas responsabilidades e direitos, ajudando a evitar penalidades legais.
Uso Correto de EPIs e EPCs
O treinamento instrui os trabalhadores sobre como utilizar corretamente os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Coletiva (EPCs), essenciais para minimizar os riscos. Ensinar a forma adequada de manusear máscaras, luvas, aventais e respiradores contribui diretamente para a proteção da saúde dos trabalhadores.
Segurança na Operação de Equipamentos
O treinamento detalha o uso seguro das máquinas e ferramentas, como soldadores e cortadores, evitando o uso inadequado e riscos associados a falhas de operação. Os trabalhadores treinados estão mais aptos a identificar falhas nos equipamentos e agir rapidamente para corrigi-las.
Cultura de Segurança no Trabalho
Promover a educação e o treinamento contínuo em segurança resulta em uma cultura de segurança no ambiente de trabalho, onde todos os membros da equipe têm maior consciência dos riscos e da importância de seguir as normas estabelecidas. Isso cria um ambiente de trabalho mais seguro e saudável para todos.
Redução de Custos e Aumento da Produtividade
Com trabalhadores bem treinados, os custos com acidentes, afastamentos médicos e danos materiais podem ser significativamente reduzidos. Além disso, a segurança no trabalho contribui para a continuidade das operações, aumentando a produtividade e a eficiência no ambiente de trabalho.
Como vimos, a soldagem é uma atividade comum em diversas áreas industriais, permitindo unir materiais metálicos de forma permanente e segura. Com diferentes métodos de soldagem disponíveis, como arco elétrico, oxiacetilênica, a laser, entre outros, é possível atender às demandas de qualidade, precisão e produtividade. No entanto, cada técnica apresenta riscos específicos que exigem atenção extra no ambiente de trabalho. Por isso, o conhecimento sobre os processos e seus perigos é indispensável para a segurança ocupacional.
Entre os principais riscos da soldagem, destacam-se as queimaduras, intoxicações por fumos metálicos, choques elétricos, exposição à radiação e ruídos excessivos. Para reduzir essas ameaças, a utilização correta de EPIs, como máscaras de solda, luvas, aventais e respiradores, juntamente com EPCs, como sistemas de ventilação e sinalização adequada, são medidas indispensáveis. Esses recursos, aliados a práticas seguras, reduzem significativamente acidentes e doenças ocupacionais. Além disso, promovem um ambiente de trabalho mais protegido e eficiente.
Por fim, a aplicação de treinamentos conforme as orientações da NR 34 reforça a conscientização dos trabalhadores sobre os riscos envolvidos na soldagem. O treinamento contribui para o uso correto de equipamentos, cumprimento das normas vigentes e incentivo à cultura de segurança. Dessa forma, empresas e trabalhadores podem alcançar não apenas conformidade legal, mas também produtividade e bem-estar, fortalecendo a segurança nas atividades de soldagem.
O Instituto Aprimorar conta com treinamentos profissionais e orientações técnicas que visam garantir a saúde e a segurança dos seus colaboradores, bem como a adequação da sua empresa às normas reguladoras vigentes. Entre em contato conosco e conheça as nossas soluções para o seu negócio.
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